quinta-feira, outubro 06, 2005

João Pintor...

Zé: - Bença padre.
Padre: - Deus o abençoe meu filho.
Zé: - Padre, o Sr. lembra do João pintor?
Padre: - É claro meu filho.
Zé: - Pois é padre, o João veio a falecer.
Padre: - Que pena, morreu de quê?
Zé: - Moro numa rua sem saída e a minha casa é a última, ele desceu com o carro e bateu no muro de casa.
Padre: - Coitado, morreu de acidente.
Zé: - Não, ele bateu com o carro e voou pela janela, caiu dentro do meu quarto e bateu com a cabeça no meu guarda roupa de madeira.
Padre: - Que pena, morreu de traumatismo craniano.
Zé: - Não padre, ele tentou levantar-se pegando na maçaneta da porta que se soltou e ele rolou escada abaixo.
Padre: - Coitado, morreu de fracturas múltiplas.
Zé: - Não padre, depois de rolar a escada ele bateu no frigorífico, que caiu em cima dele.
Padre: - Que tragédia, morreu esmagado.
Zé: - Não, ele tentou levantar-se e bateu as costas no fogão, a sopa que estava fervendo caiu em cima dele.
Padre: - Coitado, morreu queimado.
Zé: - Não padre, no desespero saiu correndo, tropeçou no cachorro e foi directo no quadro eléctrico.
Padre: - Que pena, morreu eletrocutado.
Zé: - Não padre, morreu depois de eu dar dois tiros nele.
Padre: - Filho, você matou o João?
Zé: - Claro... o filho da puta tava destruindo minha casa...

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